A década de 30 foi um dos momentos mais conturbados da história do Estado, pois marcou o fim da oligarquia cafeeira e a Revolução Constitucionalista de 1932, criada para confrontar o Presidente Getúlio Vargas, foi o único movimento de secessão do século XX onde os rebeldes acabaram sendo derrotados, porém foi garantida a promulgação de uma nova Constituição. A vitória de Vargas marcou um novo período político para a cidade e o Estado, onde os governadores/prefeitos eram nomeados pelo próprio Presidente da República, os Interventores Federais. No governo do Estado, foram nomeados Pedro de Toledo (1932), que se voltou contra Vargas e apoiou a Revolução, sendo exonerado do cargo; Armando Salles de Oliveira (1933-1936), José Joaquim Cardoso de Mello Neto (1937-1938) e Adhemar de Barros (1938-1941) foram os outros interventores. No município de São Paulo, vários prefeitos foram nomeados, mas, apenas Fábio da Silva Prado (1934-1938) e Prestes Maia (1938-1945) tiveram mandatos longos.
Por outro lado, surgiram várias instituições de cunho científico e educacional como a Escola Livre de Sociologia e Política, a Universidade de São Paulo e o Departamento de Cultura e Recreação do Município de São Paulo. O processo de verticalização chegou ao seu auge com a inauguração do Prédio Martinelli (1934), que até 1947 (inauguração do Prédio do Banespa) foi a maior estrutura da América do Sul. A partir de então, os arranha-céus começaram a fazer parte da arquitetura paulistana nos anos seguintes. Começava a surgir a São Paulo de concreto que conhecemos hoje.
A década de 30 também marcou o início das transmissões de rádio no Brasil e a capital tinha duas emissoras que se destacavam: a Tupi de Assis Chateaubriand e a Record de Paulo Machado de Carvalho. Inclusive, o rádio foi uma das armas usadas pelos revolucionários de 32 para conclamar os cidadãos paulistanos à adesão ao movimento.
Jornal Folha da Manhã: inaguração do Edifício Sede do Banespa |
Nenhum comentário:
Postar um comentário